Logo Qualisoft

Notícias do Mercado

Novas tendências no eID

20-Maio-2011 - Fonte: Bruno do Amaral

Entre as inovações contidas nos smartcards utilizados nos mais recentes modelos de documento de identidade, a que mais chama a atenção é o chip incrustado. Semelhante aos cartões de banco, eles atuam para incrementar a segurança na identificação e verificação de dados, guardando informações críticas sobre o usuário. Uma das aplicações que tende a popularizar a tecnologia é o Registro de Identificação Civil (RIC) brasileiro.

A modernização desses documentos é uma tendência não só pela questão de segurança pessoal dos cidadãos, mas também para facilitar o trabalho em delegacias e aeroportos. Segundo Suat Tolgahan Yildiz, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Infineon "depois dos tristes eventos de 11 de setembro, tivemos a implementação do passaporte eletrônico nos Estados Unidos", operação que começou em 2003 e só foi se completar em 2007. "O ePassport está crescendo globalmente, mas o grande desafio mesmo será fornecer as identificações nacionais", afirma ele. A Infineon é uma das fornecedoras desse segmento.

Isso porque há várias etapas na instalação do projeto, com licitações, tecnologias a serem escolhidas e mesmo o recadastramento da população. "Idealmente, são necessários apenas três anos para toda a implementação", diz Suat. Segundo ele, cada nação tem diferentes razões, com processos divergentes. “É difícil se adequar a antigas definições", explica o executivo.

Um exemplo extremo citado por Yildiz é o da Índia. "Não há certidão de nascimento, o governo não sabe sequer se o cidadão é indiano ou não", afirma. Com a unificação do sistema no país, foi possível começar o cadastramento em 2005 com a nova solução eletrônica.
Mas quem está começando a transição para a identidade eletrônica mais tarde ao menos pode obter os benefícios de uma tecnologia mais moderna, como a de transmissão de informações sem a necessidade do contato direto do chip com um receptor, chamada de "contactless". O sistema, que será utilizado no Brasil e já funciona na Alemanha, é semelhante ao NFC (sigla em inglês para “Comunicações por Campo de Proximidade”), que permite utilizar smartphones para efetuar transações como um cartão de crédito.

Em comum, todos os países utilizam uma solução de segurança forte (agora focando mais em caminhos críticos em vez de todas as variantes finais), o elemento mais importante de um novo documento. Além disso, o material utilizado é o policarboneto, capaz de expandir a vida útil dos cartões para até dez anos. E com o aumento das necessidades de dados, a memória também cresce: hoje, o padrão (inclusive no RIC) é o de 64 kB.

"A tecnologia pode ser utilizada para várias situações e, no futuro, haverá uma grande convergência de aplicações", garante Tolgahan Yildiz, que prevê ainda a incorporação maior da memória flash (SD) em cinco ou dez anos - exatamente o período em que o Brasil começará a trocar o antigo RG de papel pelo novo modelo

 

Voltar ao topo