O governo pretende usar a biometria para identificação do cidadão brasileiro quando este buscar alguma informação do seu interesse armazenada nos bancos de dados do governo ou em algum serviço em meio eletrônico. Para tanto, vem mantendo negociações com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - que já detém as informações biométricas armazenadas de milhões de eleitores brasileiros.
A informação foi passada com exclusividade à CDTV do portal Convergência Digital, em entrevista exclusiva do novo Secretário de Tecnologia da Informação, do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Marcelo Pagotti. Não se trata, entretanto, de abandonar o projeto de certificação digital que há anos o governo vem empreendendo através do ITI - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação.
Pagotti explicou que a certificação digital também poderá ser usada nos casos em que cidadãos já tenham adquirido. Porém, o governo entende que todos os esforços nesta direção fracassaram quando se trata da oferta de um certificado que seja barato para a população, sobretudo a de baixa renda.
Com a base de dados já implementada pelo TSE, o governo acredita que o uso da biometria seja uma forma mais popular e segura para que o brasileiro possa dispor das suas informações nos bancos de dados federais, além de serviços de e-gov que serão implementados até o final de 2017, data que o secretário acredita que seja possível a implantação do novo modelo de identificação.
Marcelo Pagotti também falou de Big Data e da nova política de dados abertos implantada pelo Governo Temer. Segundo ele, o governo está incentivando aos orgãos federais a abrirem imadiatamente os dados para os cidadãos, dentro do prazo de 180 dias estipulado em decreto.
Porém, se houver resistência, a STI deverá trabalhar com uma nova política que obrigue aqueles que acharem que são donos dos dados e não desejam torná-los públicos. Assistam a primeira entrevista do secretário de Tecnologia da Informação.
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