Em debate no Gartner Symposium 2016, conclusão foi que governo deve esquecer e-gov e partir para os serviços digitais.
Segundo o Gartner, em 2025 30% dos serviços públicos online deixarão de existir. Isso, porque estão mudando os padrões de relacionamento e a população não enxergará valor nas atuais ofertas ou no formato como elas são apresentadas.
Assim, a alternativa sugerida ao setor público é abolir as iniciativas de e-gov e iniciar, no curto prazo, ações de âmbito digital. No painel “A Jornada do Governo Brasileiro Rumo à Transformação Digital”, promovido na tarte de segunda-feira, 24, no Gartner Symposium/ITxpo, evento promovido pelo Gartner, em São Paulo, o ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União, apresentou o plano do órgão nesta área e reforçou a necessidade do país subir da 57a posição do ranking de países digitalizados.
“A partir da nossa universidade corporativa, criamos um laboratório focado em ações digitais, e uma das primeiras ações é a integração dos dados”, informou, dizendo que “sem avanço em análise de dados, pouco se faz em termos de digitalização”.
Marcos Monteiro, secretário e planejamento do Estado de São Paulo, reconheceu que o modelo e governo digital é uma forma não só de aproximar Estado e cidadãos como de atender, com mais celeridade, as demandas sociais. “É uma oportunidade de construirmos um novo modelo de governança”, pontuou.
Ele está confiante na retomada do projeto de criação de uma carteira de identidade nacional, com número único e controlada por certificação digital. O Registro de Identidade Civil (RIC) está congelado há pelo menos três anos mas, segundo Monteiro, recuperou interesse nos bastidores de Brasília. “O Ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, nos disse que quer retomar este projeto”, confirmou.
Também participou do Painel, o presidente executivo do Movimento Brasil Competitivo (MBC), Claudio Gastal. Para ele, “a questão do governo digital e o caminho que o governo tem que percorrer no processo de digitalização dos seus serviços é fundamental e também deve incluir a própria digitalização da economia”.
Outra questão considerada urgente por Gastal é a revisão da lei de licitação, Lei 8.666. “Os marcos legais de uso e aquisição de serviços de tecnologia e comunicação devem ser aperfeiçoados. A tecnologia avança de maneira muito rápida criando demandas e serviços”. Conforme ele, um dos grandes problemas é que a legislação não acompanha essa evolução. “Há uma necessidade de uma análise crítica da Lei 8.666, que trata de licitações e contratos da administração pública”, exemplifica. Gastal também citou que é importante que as empresas de TI melhorem a relação e o atendimento com os governos.
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